O atleta falou aos alunos do projeto social do Shopping Nova América sobre a importância do esporte na sua trajetória. Esbanjando simpatia, ele tirou fotos, fez uma demonstração de capoeira e ainda deu uma entrevista exclusiva para o site da Rede Cruzada. Confira.
Na quarta-feira, dia 8 de março, as crianças e jovens da Unidade Plantando o Amanhã receberam uma visita muito especial: o goleiro Jefferson de Oliveira Galvão, ídolo da seleção brasileira que, hoje, joga no Botafogo. Quem articulou a presença dele foi a assistente social da unidade, Michele Lima de Oliveira, botafoguense roxa e fã do atleta.
– Eu já conhecia toda a história dele. Por isso mesmo achei que ele seria um ótimo nome para falar com os alunos do esporte. Ele, como atleta do futebol, é um exemplo de conduta dentro e fora de campo, com valores que nós sempre procuramos passar aos nossos alunos. Como eu tenho um primo que é amigo de um grande amigo dele, contei um pouco sobre o trabalho de educação pelo esporte que desenvolvemos com os adolescentes e jovens das comunidades do entorno de Del Castilho e ele topou o convite para falar com eles – contou Michele.
Jefferson chegou na parte da tarde e foi recebido pela também botafoguense e coordenadora do Plantando o Amanhã, Adriana Nogino, que o levou para conhecer o trabalho desenvolvido com as crianças em sala de aula.
Depois do tour, os professores José Porto, da Escola de Futebol Zico 10, e Daniel Moraes, o Fhel, do Grupo de Capoeira Abadá, reuniram os jovens que participavam das aulas junto com alguns familiares que estavam presentes para uma roda de conversa com Jefferson. Ao verem o atleta a animação foi geral e, por sua vez, ele retribuiu o carinho dando autógrafos e tirando fotos com muita alegria e sorriso no rosto.
Sua fala aos jovens foi inspiradora. O goleiro contou um pouco de sua trajetória profissional e reforçou os aspectos de conduta pessoal e comportamento necessários na formação e transformação de qualquer atleta – e cidadão – de sucesso.
– Quem me descobriu no Cruzeiro, quando eu tinha 17 anos, foi o (técnico da seleção brasileira) Felipão. Ele falou para mim: “guri, vai lá, confio em você, é o seu sonho ser um jogador de futebol, não é? Então, vai lá e faz tranquilo, porque você é meu goleiro”. Eu estava pronto para o meu sonho, pois me preparei desde a idade de vocês. Eu sabia que tinha que me afastar das coisas erradas e cuidar da minha alimentação. E ele falou também para mim: “olha, não larga os estudos, continua estudando que eu vou te dar uma oportunidade”. E, graças a Deus, eu tive a oportunidade, que aproveitei, e estou aqui até hoje.
Jefferson tem consciência que sua imagem fora de campo é muito importante e que é consciente do exemplo que representa para as pessoas, por isso ele diz que fez questão de conversar com os jovens do Plantando o Amanhã.
– Não desistam do sonho de vocês. Continuem trabalhando, estudando e se espelhando em pessoas boas, positivas e corretas e se afastando das falsas amizades. Assim eu tenho certeza que eu vou ver cada um de vocês brilhando, seja como jogador de futebol ou como alguém de sucesso na vida, porque a gente precisa é de pessoas honestas nesse mundo!
Confirma na íntegra, a entrevista exclusiva que o goleiro Jefferson concedeu ao site da Rede Cruzada.
CRUZADA – O que te motivou vir hoje para o Plantando o Amanhã, projeto social do Shopping Nova América? Você já conhecia o Projeto?
JEFFERSON – Primeiro foi o convite do meu amigo Júlio (amigo do primo da Michele Oliveira, Assistente Social), que me conhece há muito tempo e me falou sobre a Rede Cruzada. Eu já fiz visitas a outros projetos sociais também e tenho consciência da importância que a gente tem fora de campo, o exemplo que a gente passa para as pessoas e, principalmente, para a garotada. O que eu puder fazer fora de campo para poder ajudar iniciativas como essa, sendo um espelho para esses jovens, eu faço com muito carinho e com muito orgulho. Não penso duas vezes antes de poder ajudar.
CRUZADA – E conta para a gente um pouco da sua história, de onde você é e onde começou sua carreira?
JEFFERSON – Eu nasci em São Vicente, litoral de São Paulo e, aos seis anos, me mudei para Assis, no interior de São Paulo. Aos sete anos comecei a jogar bola na escola e, na época, eu não pensava em ser goleiro, só queria jogar lá na frente e fazer gol. Só que a questão é o dom. Quando Deus te dá o dom, não tem jeito. Então, com dez anos, eu tive a oportunidade de começar a jogar na Ferroviária (Associação Atlética Ferroviária de Assis/SP), um time federado da cidade, onde joguei por quatro anos. Quando eu já estava com catorze anos, participei de um torneio em Minas Gerais e um olheiro do Cruzeiro de Belo Horizonte me viu jogando e me convidou para fazer um teste no clube. Passei e me mudei para lá.
CRUZADA – E depois do Cruzeiro, como foi sua trajetória, por quais times você passou?
JEFFERSON – Eu fiquei no Cruzeiro por sete anos e, depois de uma passagem muito rápida pelo São José do Rio Preto, vim para o Botafogo em 2003, onde fiquei 2 anos. Então fui para a Turquia, onde fiquei por 4 anos jogando em times locais (Trabzonspor e Konyaspor). Voltei para o Brasil em 2009 direto para o Botafogo e, graças a Deus, estou lá até hoje.
CRUZADA – Você nunca pensou em seguir outros caminhos? O teu sonho de jogar futebol foi estimulado pela sua família?
JEFFERSON – Eu nunca cogitei outra carreira fora do futebol. Como eu não fui criado com meu pai, foi minha mãe que sempre esteve comigo em todos os momentos. Ela sempre foi pai e mãe para mim. Não que ela não acreditasse no meu sonho, mas ela achava que era um pouco impossível de acontecer, que era ‘sonho de criança’. Mas ela sempre esteve do meu lado e, quando eu falei para ela que iria para o Cruzeiro, ela me apoiou e me incentivou a seguir em frente.
CRUZADA – E qual é sua visão sobre projetos sociais com foco na Educação pelo Esporte como este aqui? Você tem visto resultados?
JEFFERSON – O que eu tenho visto são jovens se transformarem em homens e mulheres dignos, em pais e mães de família. Acho que esse é o objetivo principal desse tipo de projeto que vocês estão à frente aqui e que merece os parabéns. Eu pude ver que aqui as pessoas são sérias e é disso que a gente está precisando. É claro que eu torço para que todos venham a ser, um dia, jogadores de futebol, treinadores ou atletas profissionais, mas o principal é que as pessoas possam se tornar cidadãos de bem. Enquanto eles não estão na rua, estão aqui fazendo coisas que eles gostam de fazer e ao lado de pessoas do bem, como vocês. Com certeza, com projetos como esse, a probabilidade desses jovens se tornarem alguém na vida – seja um advogado, um professor ou qualquer outro tipo de profissional – é muito grande.
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