Leilane da Conceição Pimentel é monitora do Pré II e mãe de Luís Matheus e Luana, alunos do esporte. Funcionária do Plantando o Amanhã há 21 anos, é casada com Luis André e mora na comunidade de Chácara 2, em Del Castilho.
“Eu comecei a trabalhar no Plantando o Amanhã em 1996, aos 26 anos. Antes disso, todas as portas estavam fechadas para mim. Trabalhava como faxineira e camelô. Eu vivia de bicos e a minha família era muito desestruturada. Quando vim para cá, eu trabalhava na casa de uma moça que era coordenadora do Plantando, cuidando do neto dela. Ela me perguntou se eu queria essa oportunidade de emprego e foi quando eu vim para cá. Entrei aqui como auxiliar de creche, cuidando dos bebês”, afirma Leilane da Conceição.
Foi então que considero que minha vida começou. Conheci meu esposo na festa de encerramento de final de ano, aqui na empresa. Fomos para um passeio, conheci Luís André e trocamos telefone. Foram 8 anos de namoro até o casamento e, depois, tive meus dois filhos: o Matheus, hoje com 14 anos, e a Luana, com 11. É por isso que eu digo que a minha vida começou aqui: arrumei um emprego, noivei, casei e tive filhos – hoje, eu tenho tudo!, diz Leilane da Conceição
Meus filhos foram da creche e, hoje, estão no esporte – fazem capoeira, futebol e vôlei. Eles vão bem na escola, estudam direitinho e tiram boas notas. Uma das experiências mais positivas que vivi aqui foi quando meu filho estava com 12 anos e começou a dar problemas na escola e foi muito difícil de lidar com ele. Nesse período, conversei sobre isso com a coordenadora do Plantando e ela me sugeriu trazer o Matheus aqui para o esporte.
Agradeço muito a Deus porque o projeto engloba tudo! Para estar dentro o aluno precisa estar com as notas boas e tem que ser uma criança boa em casa. Como ele gostava muito de vir para cá, não foi uma obrigação. A capoeira tem sido o foco dele e toda a equipe me deu muito apoio. Conversei muito com a assistente social, que me ajudou bastante na conversa com ele. Aqui é legal porque eu tenho um suporte de outros profissionais e, para mim, acaba sendo uma extensão da minha família.
A minha filha, Luana, também participa do projeto, fazendo dança e na capoeira. Matheus, hoje, faz vôlei, capoeira e futebol. Até o meu marido faz capoeira, junto com nosso filho, na mesma turma, depois do trabalho. É bom porque ficamos todos juntos e ajudou muito meu marido no processo de recuperação de um AVC que ele teve há dois anos.
Aqui o ambiente ajuda não só meus filhos, mas toda minha família. É a história de um vínculo muito importante. Me sinto realizada por ter uma família e amigos que me entendem. Desde que eu cheguei aqui me acolheram, me receberam de braços abertos. É um dando força para o outro.
A minha família inteira está aqui e estar aqui abre portas”.