O diferencial do nosso trabalho no contraturno escolar da unidade Plantando o Amanhã
está na humanização constante de nossas práticas e de nossas vivências. Entendemos
que, essas “vivências”e as experiências que vêm de alunos e educadores se encontram
para a produção de saberes. Construir saberes, então, é olhar para o que pulsa da
realidade, da vida, da história das crianças e de seu redor e mediar diálogos, pontes para as
novidades que temos para… DesKobrir.
Somos uma equipe de educadores oriundos de contexto social semelhante e identificado ao
território em que se localiza nosso projeto e, também por isso, acreditamos em uma
educação mediada pelo afeto, que compreende a individualidade de cada aluno, respeita
seus processos de aprendizagem e acolhe as inseguranças.
Através dessa identificação, procuramos tecer temáticas que conversem com a realidade
presente em seus territórios e assim transformar a sala de aula em um retrato de seus
quintais. Buscamos referenciar as histórias, os saberes, o pertencimento e validar nossas
ancestralidades para que possamos nos reapropriar do potencial transformador que nos foi
negado historicamente. Falamos aqui, de uma educação decolonial que se traduz em
práticas antirracistas.
Dentre essas praticas, para exercer essa educação decolonial e antirracista, buscamos
sempre valorizar narrativas de autores negros e indígenas, referenciar legados de figuras
próximas às realidades conhecidas como Carolina Maria de Jesus, Tia Ciata, Lázaro Ramos
e Emicida. Dessa forma conseguimos trilhar uma aprendizagem com significado, não
mecanizada que preze pelo cognitivo sem abrir mão do cuidado com o sócio-emocional. A
intencionalidade é sempre fazer com que nossas crianças e adolescentes percebam o
lugar deles como autores da própria história, condutores das próprias narrativas,
potencializando os seus sonhos para as possibilidades de futuro.
Gabriel, Juliana, Mel Celina e Raquel.