A convidada Daniela Mello, Pedagoga, psicopedagoga, especialista em educação infantil e neurociências ligada a aprendizagem, junto com Renato Senna, Gerente Geral, como mediador conversam sobre Cre (sendo) e fazendo arte no ateliê.
Renato diz que quando se fala em memórias, as grandes recordações que ele tem da infância na escola, não foi tendo aula e nem capturando conteúdo. Foi no recreio, nas manifestações e ele pergunta a psicopedagoga:
“Existem abordagens que privilegiam essa coisa que deveria ser natural?”
Daniela diz:
A primeira coisa que eu gosto de pensar e refletir é que não se faz educação por uma sala de aula. Não dá conta dessa potencia que temos como sujeito, ser humano, principalmente as crianças vívidas de sabedoria e curiosidade. Olhar a escola como um grande espaço educativo perpassa por para a concepção de infância, nossa imagem de criança, nossas memórias, histórias, porque é construir um espaço que seja esteticamente habitável.
E o que é esse espaço? É que a gente se sinta pertencendo. Entender quem a gente é, qual é a nossa história, visto como sujeito.
A psicopedagoga afirma que quando falamos da criança como sujeito, a gente só vai dar espaço para que ela seja, se a gente sentir. “É impossível a gente doar para o outro aquilo que a gente não tem e as crianças são muito verdadeiras com isso, elas leem essa verdade na gente e não está no discurso, mas está na ação e no olhar”.
Daniela ressalta que é preciso coragem para escovar as palavras. Diz que o espaço para o 3º educador é aquele que é preparado, organizado e já conta para o outro o que esperar dele ou o convite que ele vai fazer para que a criança tenha mais espaço e abertura para desenvolver essa plenitude da sua própria potencia subjetiva.
Ela afirma que esse processo é diferente de não ver a escola também como esse lugar de coletivo. Daniela diz que essas coisas se confundem algumas vezes. Olhar a subjetividade/a individualidade, mas sem deixar de enxergar o contexto de coletividade.
“A teoria sustenta o nosso olhar, mas só somos capazes de ver se a gente sente. Se arrepia a pele, se emociona, se os olhos enchem de água”, ressalta a educadora.
Dê play e acompanhe a íntegra a conversa dos educadores.
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